Ao longo dos meses de gravidez, o corpo da mulher passa por diversas mudanças para se adaptar às exigências do feto que ali dentro se desenvolve. Nesse momento, é importante que as futuras mamães sejam avaliadas de perto pelos profissionais da saúde por todo o período da gestação. “Devemos redobrar a atenção principalmente a partir da 34ª semana, em que o retorno ao médico deve ser quinzenal e a partir da 36ª, quando as consultas devem ser semanais”, assegura a médica.
O acompanhamento durante o pré-natal é fundamental para avaliar as condições de desenvolvimento do feto e da mãe, monitorando principalmente o peso e a pressão arterial para que não se surjam doenças graves que possam levar a óbito. De acordo com a obstetra, todas as unidades de saúde de Belém devem estar capacitadas, com instrumental e médicos, para realizar o pleno atendimento a gestantes.
No último trimestre da gravidez há maior risco da gestante sofrer de hipertensão (pressão alta) e ser levada a um quadro de pré-eclâmpsia, que, nos casos mais extremos, pode levar a mãe a ter convulsões (eclâmpsia) e suas complicações podem ser fatais. "A pré-eclâmpsia é uma das maiores responsáveis pelos casos de óbito materno", informa.
Em algumas situações, nem mesmo o pronto atendimento nos serviços de saúde é capaz de reverter os quadros mais graves: “Há casos em que o estado da mãe é tão crítico que mesmo estando internada em uma Unidade de Terapia Intensiva (UTI) é impossível garantir a vida dessa parturiente e do seu bebê”, esclarece a especialista. Para garantir uma gravidez segura, vale a máxima popular que preconiza “Prevenir é melhor que remediar”.
